Esta designação familiar foi, no princípio, patronímico, pelo que há muitíssimas famílias assim chamadas, mas com origens absolutamente diversas, algumas, de certo, vindas de Espanha, pois tanto cá como lá o nome de Rodrigo foi vulgar. Em Portugal usam-se três brasões de armas diferentes, relativos a famílias Rodrigues, as quais são: a proveniente de Martim Rodrigues, que não se sabe identificar, mas cujas armas figuram no Livro do Armeiro-mor, o que indica ser personagem que existiu antes de 1509 ou vivia por essa época; a que verri do bacharel António Rodrigues, principal Portugal rei de armas, a quem o Imperador da Alemanha concedeu armas, talvez por 1510; e a originária de Espanha conhecida pelos Rodrigues de las Varillas, chamam Rodrigues de Salamanca, por serem daqui a que também naturais, de onde vieram no tempo de Filipe II.
Alguns autores citam mais uma família Rodrigues com armas próprias, a que descende de André Rodrigues de Austria, mas outros consideram a representação heráldica pertencente ao apelido Austria, que se ignora se o era na verdade ou se foi apenas designação de proveniência, que não se haja fixado. As armas deste André Rodrigues são também, anteriores à feitura do Livro do Armeiro-mor.
António Rodrigues, rei de armas, usou: Escudo partido; o primeiro, de negro, com meia água de ouro estendida; o segundo, de prata, com faixa de vermelho acompanhada de duas pombas de púrpura, voantes, uma em chefe e outra em ponta. Braamcamp Freire atribui-lhe, erradamente, as armas de João du Cros, que são: Cortado: o primeiro de vermelho. com uma águia de prata, estendída; o segundo faixado de ouro e de azul, de oito peças.
Armas: De ouro, com cinco flores-de-lis de vermelho, postas em santor, e um chefe do segundo esmalte, carregado de uma cruz florenciada e vazia do primeiro.
Timbre: Um leão de ouro, sainte, com uma flor-de-lis do escudo sobre a espádua.